4 de outubro de 2010, em Indústria Aeroespacial, Sistemas de Armas, Tecnologia, por Alexandre Galante
Estrutura prevista no contrato entre a fabricante da aeronave e o Ministério da Defesa foi inaugurada nesta segunda-feira (4)
Mais uma etapa de implantação do projeto de fabricação, no Brasil, dos helicópteros EC725 para as Forças Armadas foi concluída nesta segunda-feira (4). Começou a funcionar nas dependências da Helibras, em Itajubá o GAC – Grupo de Acompanhamento e Controle, responsável por representar o Exército, a Marinha e a Aeronáutica em todos os assuntos referentes às novas aeronaves militares.
Composto inicialmente de sete oficiais das três armas sob a coordenação do Cel Eng Mário Márcio Ramos Teixeira, o GAC deverá contar, no auge da fabricação dos EC725 no Brasil, com 16 integrantes. “Este é o segundo grupo formado para conferir os materiais recebidos da Eurocopter para a montagem dos helicópteros no Brasil, para o acompanhamento dos trabalhos na linha de produção, para o recebimento formal das aeronaves prontas e todos os demais contatos necessários entre o fabricante e os clientes”, explica Sergio Roxo, gerente de Mercado Militar – Oil & Gas da Helibras.
Para o presidente, Eduardo Marson Ferreira, “a implantação do GAC é mais um marco importante no processo de expansão da Helibras, que se prepara, a passos largos, para receber as três primeiras unidades do EC725, em algumas semanas. Com isso, vamos cumprindo nosso objetivo de capacitar nossos profissionais, já que ao mesmo tempo, avançam as obras físicas de expansão e vão sendo realizados os treinamentos e intercâmbios entre técnicos do Brasil e da França”, diz.
Os integrantes do GAC em Itajubá irão trabalhar em regime integral nas instalações da Helibras, a exemplo dos integrantes de uma estrutura semelhante já implantada na Eurocopter, em Marignane, na França. “O acompanhamento de todas as fases de construção dos EC725 por militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica também foi uma contrapartida assumida com o Ministério da Defesa, garantindo a transferência e domínio de toda a tecnologia pelos brasileiros”, conclui Marson.
As instalações do GAC em Itajubá foram inauguradas com a presença do Ten Brig Ar Ailton Pohlmann, Comandante do DCTA; do Brig Ar Carlos Amaral, Presidente do COPAC; do Gen Bda Antonio de Pádua Barbosa, Diretor de Materiais da Aviação do Exército e do CMG Rômulo Brandão Dias.
19 de agosto de 2010, em Armée de l´air, Busca e Salvamento (SAR), Segurança de Voo, por Fernando "Nunão" De Martini
O Armée de l’air (Força Aérea Francesa) informou nesta quinta-feira, 19 de agosto, que foi feita a primeira certificação de aeronavegabilidade (certification de navigabilité – CdN) de um helicóptero Caracal EC 725. O certificado, recebido em 17 de agosto, também foi o primeiro da frota de helicópteros da força. Segundo o informe, 85 aeronaves de asas rotativas do Armée de l’air (Caracal, Cougar, Super Puma, Puma e Fennec) deverão passar pelo mesmo trabalho de certificação.
Até que a aeronave receba o CdN, é necessário um longo trabalho de reconstituição do ciclo de vida da mesma, compreendendo origem, definição industrial inicial e evoluções técnicas à qual foi submetida, de forma a verificar se responde às normas específicas e se respeita as exigências de segurança de voo.
O exemplar certificado era, originariamente, um Cougar AS 532 que foi transformado em Caracal, em julho de 2005. O helicóptero foi submetido a diversos testes na Base Aérea de Cazaux, entre 2 e 6 de agosto, antes de receber seu CdN.
Para saber mais sobre o trabalho de certificação de aeronavegabilidade empreendido nas aeronaves do Armée de l’air, clique no primeiro link da lista abaixo. Para ver mais matérias sobre o emprego do Caracal naquela Força, e sobre a aquisição do EC 725 para as Forças Armadas brasileiras, clique nos demais links.
FONTE / FOTO: Armée de l’air (Força Aérea Francesa)
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26 de julho de 2010, em Indústria Aeroespacial, Sistemas de Armas, Tecnologia, por Alexandre Galante
O helicóptero EC725 da FAB (foto) é uma das três aeronaves que estão sendo produzidas para as Forças Armadas brasileiras na fábrica da Eurocopter em Marignane, na França, como parte do contrato de fornecimento de 50 helicópteros desse modelo com a construção de uma nova fábrica da Helibras em Itajubá, Minas Gerais.
As três aeronaves já realizaram os primeiros voos de testes e continuam a receber equipamentos e ajustes, devendo ser entregues aos clientes em dezembro.
15 de julho de 2010, em Indústria Aeroespacial, por Alexandre Galante
Aos 47 anos, Eduardo Marson divide seu tempo entre as 52 viagens que faz a cada ano – uma por semana, duas delas internacionais todo mês – por exigência das duas presidências corporativas que ocupa, a da Helibras e a do Conselho de Administração da EADS Brasil. Bacharel em política, pós-graduado em comércio internacional, Marson falou ao Estado na sexta-feira – pouco antes de uma nova viagem.
Qual é a maior dificuldade do programa EC725?
O desafio do programa do EC725 é a grande complexidade do contrato, que está sendo administrado conjuntamente pela Helibras, Eurocopter e a Comissão Coordenadora da Aeronáutica. Implica variáveis no planejamento, organização e execução de todas as ações envolvidas – do desenvolvimento dos sistemas próprios de cada Força até o treinamento, a documentação técnica e a manutenção.
Qual é o valor do investimento?
O investimento da Helibras no programa do EC725 é de R$ 430 milhões para todo o projeto de produção das aeronaves, incluindo treinamento, ferramental, simulador de voo e intercâmbios. Mas, além desse valor, haverá o investimento das indústrias independentes, que integrarão a cadeia de fornecimento e supridores.
Quais são os planos da EADS/Eurocopter para o Brasil?
Acho que o nosso plano mais ambicioso é a Helibras, num prazo de 10 anos – até 2020 – poder desenvolver, projetar e construir um helicóptero todo brasileiro, em parceria com a Eurocopter. A criação do Centro de Engenharia da Helibras será o ponto-chave para isso. A Helibras também está se capacitando para buscar soluções para outros setores, criando novos opcionais e novas configurações para outros modelos, tais como o EC225, a versão civil do EC725. Com a nova fábrica, a Helibras pretende atender também o mercado offshore e parapúblico do Brasil. Vamos lançar uma ofensiva exportadora em países de toda a América Latina e de regiões onde a presença diplomática brasileira seja forte.
Qual é a rotina diária da condução do programa EC725?
Uma das características do trabalho é essa, a de não ter rotina. As minhas responsabilidades, tanto na presidência da Helibras quanto na presidência do Conselho de Administração da EADS Brasil, obrigam-me a um permanente deslocamento dentro do Brasil e no exterior. Toda semana passo de um a dois dias na fábrica da Helibras em Itajubá, e o resto do tempo na sede da empresa em São Paulo. Mas a minha agenda envolve compromissos também nas capitais em que mantemos escritórios, como Brasília, Rio e Curitiba, além da minha participação em reuniões, quinzenalmente, nas sedes europeias das empresas, ou onde mais a minha presença seja exigida.
A mão de obra qualificada exigida no empreendimento é encontrada no País?
Sim. Hoje o Brasil possui uma indústria aeroespacial altamente sofisticada tecnologicamente, cuja mão de obra tem condições de responder rapidamente a um estímulo representado por investimentos em projetos como o do EC725. Mas ela necessita de treinamento específico, e essa preparação está sendo ministrada por meio de uma série de programas atualmente em desenvolvimento na Eurocopter, na França, e na própria Helibras.
A rede de fornecedores já está completa?
A identificação das empresas que participarão do acordo de cooperação industrial está bastante avançada, com vários protocolos de intenção assinados em consonância com a Copac. As organizações cobrem praticamente todas as áreas – da motorização, painel de instrumentos, aviônicos, radiocomunicação, navegação e partes estruturais até os conjuntos dinâmicos.
Que conhecimento de ponta ainda precisa ser trazido de fora do País?
O Brasil não domina a mais moderna produção de materiais compostos. Mas é só uma questão de tempo – e é relativamente pouco tempo. Vamos transferir essa tecnologia.
FONTE: O Estado de S. Paulo – 15/07/2010
15 de julho de 2010, em Indústria Aeroespacial, por Alexandre Galante
Roberto Godoy
Estão quase prontos, pintados e começando a receber os componentes eletrônicos, os três primeiros dos 50 grandes helicópteros EC725 comprados pelo Ministério da Defesa para equipar a frota das Forças Armadas. O trio está longe do Brasil, em Marignane, na França, em um hangar da Eurocopter.O primeiro voo foi feito no dia 26 de maio.
A culpa é da pressa: Marinha, Exército e Aeronáutica querem ter ao menos uma unidade operacional, na versão básica, para treinamento de pilotos, planejadores de missão, artilheiros e pessoal de terra.
A encomenda envolve o Super Cougar, francês, capaz de transportar quase 12 toneladas de carga, armas e tropas. Um grande negócio. O contrato bate em R$ 5,2 bilhões, financiado por um consórcio europeu liderado pelo banco Societé Generale.
A transferência das tecnologias de ponta exigida pelo acordo entre governos se dará por meio da Helibras, única fabricante de helicópteros da América do Sul, associada ao Grupo Eurocopter – por sua vez, controlado pela EADS (European Aeronautic Defence and Space), um gigante do setor, que emprega 119 mil pessoas e faturou 42,8 bilhões em 2009.
A partir da quarta aeronave será incluído um índice gradativo de nacionalização que atingirá o nível de 100% na entrega do helicóptero número 15, nas linhas da Helibras em Itajubá, no sul de Minas Gerais. Isso só vai acontecer em julho de 2013. O último é assunto para 2017.
Expansão. Bem antes, em dezembro próximo, os três modelos iniciais serão trazidos de Marignane e recebidos formalmente na sede da indústria. A área está em obras. Para atender ao pedido da Defesa, a empresa está dobrando de tamanho, vai ganhar um complexo de produção de 11,5 mil metros quadrados. Fica pronto em 2012. Até lá, o quadro atual de 350 funcionários será aumentado para comportar mil vagas.
A distribuição do pacote será igual. As três Forças receberão 16 helicópteros. Os dois excedentes vão para o Palácio do Planalto, na configuração executiva, de alto luxo. As pinturas seguirão diferentes padrões; verde-escuro para o Exército, cinza-marítimo para a Marinha e camuflado para a Aeronáutica.
Não é a única variação. Os Comandos Militares definiram que, na partilha, oito dos EC725 devem ser destinados essencialmente ao emprego geral – transporte de pessoal, evacuação médica e apoio a operações de assistência humanitária.
Os outros 24, divididos em três grupos de oito, serão configurados prioritariamente para missões de combate ou de intervenção armada. O grupo naval, além de recursos para atuação tendo por base fragatas e o porta-aviões São Paulo, terá sistemas digitais para guerra antissubmarino, com dispositivo para lançamento de sensores eletrônicos de vigilância e disparo de torpedos ou mísseis.
O Exército quer seus modelos integrados com um Flir (infravermelho de visão frontal, em inglês), equipamento que usa o calor para “ver”, na tela digital e em tempo real, os alvos em imagens tridimensionais. Serve para noites escuras ou áreas de baixa visibilidade, na selva ou locais cobertos pela névoa. O alcance médio é de 26 quilômetros. Dois suportes laterais poderão receber metralhadoras 7.62 mm ou canhões leves, de 20 mm. O mesmo suporte levará disparadores de foguetes de 70 mm com 32 tubos.
A Força Aérea estuda um arranjo combinado, para ações de busca e salvamento, mas sem perda da capacidade de deslocamento armado da sua infantaria. O painel de bordo adotará um sensor de rastreamento de superfície.
A personalização será toda executada em Itajubá, tomando os primeiros protótipos como referência. Ao menos 40 engenheiros e técnicos brasileiros passarão por treinamento na França, de onde virão 20 profissionais para participar do processo. Há quatro especialistas da Helibras em Marignane. Nos próximos, meses serão 18 profissionais. O investimento do grupo supera os R$ 430 milhões.
FONTE: O Estado de São Paulo (destaques em negrito feitos pelo Blog)
27 de maio de 2010, em Indústria Aeroespacial, Unidades da FAB, por Fernando "Nunão" De Martini
O primeiro voo teste do helicóptero EC725 que equipará o 1º Esquadrão do 8º Grupo de Aviação da Força Aérea Brasileira (FAB) foi realizado no dia 26, na cidade de Marignane, na França. A aeronave faz parte do Projeto H-XBR, que prevê a dotação das Forças Armadas brasileiras com helicópteros de médio porte de emprego geral, aquisição de treinadores táticos e apoio logístico inicial.
O contrato, celebrado entre o Governo Federal e o Consórcio composto pela empresa brasileira de helicópteros Helibras e pela francesa Eurocopter, estabelece a aquisição de 50 aeronaves, sendo 16 para a Força Aérea Brasileira, 16 para a Marinha do Brasil, 16 para o Exército Brasileiro e 2 para a Presidência da República.
O Projeto H-XBR, gerenciado pelos Comandos da Aeronáutica, da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro, prevê, por meio de acordo de compensação e cooperação industrial, a viabilização da capacitação da indústria brasileira de helicópteros para atender os mercados da América do Sul e África.
FONTE: FAB /COPAC
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Teve início o primeiro “Ground School” do EC-725 no Brasil, um curso obrigatório para que os pilotos possam voar nessas aeronaves, que começarão a ser entregues às Forças Armadas brasileiras no final deste ano.
Ministrado pelo instrutor Jean-Luc Gaultier, da Eurocopter Training Services, o curso teórico está sendo realizado no Centro de Treinamento da Helibras, em Itajubá, no período de 5 a 18 de maio, e o treinamento em vôo será ministrado no simulador e na aeronave, tendo como objetivo habilitar os futuros instrutores para os demais profissionais que serão formados para operar o modelo no Brasil.
Esta primeira turma é formada por 4 pilotos e 1 engenheiro das Forças Armadas brasileiras, além de pilotos e engenheiros da Helibras.
22 de abril de 2010, em Noticiário Internacional, Noticiário Internacional, Sistemas de Armas,Tecnologia, por Guilherme Poggio
A Malásia comprará 12 helicópteros Eurocopter EC 725 por 686 milhõesde dólares, informou o periódico The Straits Times. O anúncio vem após dois anos do congelamento das negociações por questões econômicas.
Em outubro de 2008 o governo malaio suspendeu o contrato para a aquisição de 12 Cougar EC725 por causa da crise financeira mundial. Além disso, o bloco parlamentar que faz oposição ao governo também denunciou irregularidades no negócio, negadas pelo executivo. Espera-se que a primeira entrega ocorra em 2012.
FONTE: The Straits Times
20 de março de 2010, em Indústria Aeroespacial, Logística, por Guilherme Poggio
EXTRATO DE TERMO ADITIVO N 19/2009
Processo n 014-08/SDDP. Espécie: Termo de Contrato. Contratante: União, Ministério da Defesa, por intermedio do Comando da Aeronautica, representado pelo Departamento de Ciencia e Tecnologia Aeroespacial – DCTA. Contratada: Consorcio Helibras-Eurocopter Projeto H-XBR, constituido entre as empresas Helicopteros do Brasil S/A – Helibras e Eurocopter. N do Termo Aditivo e Contrato Original: 1 Termo Aditivo ao Contrato de Despesa N 008/CTASDDP/2008. Finalidade: a) corrigir referencia ao documento de encaminhamento dos Requisitos Operacionais no Item II – MERITO ADMINISTRATIVO; b) refletir, no item IV – CONVENCOES e no item V – LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS, a alteracao de denominacao da CONTRATANTE; c) corrigir nomenclaturas e referencias no Item IV – CONVENCOES; d) corrigir nomenclaturas e referencias na CLAUSULA 1ª – Objeto; e) ajustar a CLAUSULA 2ª – FINANCIAMENTO; f) corrigir nomenclaturas e referencias na descriminacao dos itens com preco associado na CLAUSULA 4ª – PRECO; g) ajustar a CLAUSULA 5ª – CUSTEIO as modificacoes quanto aos valores e as alteracoes de cronograma; h) ajustar a CLAUSULA 6ª – FORMA DE PAGAMENTO as modificacoes quanto a forma de pagamento e as alteracoes de cronograma; i) ajustar a CLAUSULA 7ª – GARANTIA FINANCEIRA as modificacoes na garantia financeira de restituicao do pre-pagamento; j) ajustar a CLAUSULA 8ª – GARANTIA TECNICA as modificacoes para corrigir formatacao, alteracoes de garantia em funcao da customizacao da aeronave, locais de entrega de itens reparados e adequacao de classificacao de usos da aeronave e seus componentes; k) ajustar a CLAUSULA 9ª – CERTIFICACAO DE PROJETO E GERENCIAMENTO DE CONFIGURACAO para as modificacoes de prazos de entrega de documentacoes e planos; l) ajustar a CLAUSULA 10 – GARANTIA DA QUALIDADE GOVERNAMENTAL (APROVACAO DE PRODUCAO) as modificacoes dos prazos de entrega de documentacoes; m) ajustar a CLAUSULA 11 – AERONAVEGABILIDADE CONTINUADA para definir data para discussao de temas pertinentes; n) ajustar a CLAUSULA 12 – SANCOES ADMINISTRATIVAS para refletir as alteracoes inseridas em outras clausulas; o) ajustar a CLAUSULA 13 – ACOMPANHAMENTO E FISCALIZACAO para uma melhor definicao da responsabilidade pelo seguro; p) ajustar a CLAUSULA 16 – ACEITACAO, RECEBIMENTO DE ETAPAS E RECEBIMENTO DEFINITIVO DO OBJETO DO CONTRATO, para refletir as alteracoes inseridas em outras clausulas; q) ajustar a CLAUSULA 21 – EFICACIA CONTRATUAL as modificacoes das condicoes de eficacia; r) modificar a CLAUSULA 24 – RESPONSABILIDADE DAS PARTES para melhor definir a condicao de transporte dos bens do Contrato; s) modificar a CLAUSULA 28 ACOMPANHAMENTO DO PROJETO para redefinir a condicao para revisao do projeto e para definir condicoes para entrega de relatorios; t) modificar a CLAUSULA 30 – FORCA MAIOR para corrigir referencia a Clausula do Contrato; u) ajustar a CLAUSULA 32 – COOPERACAO E COMPENSACAO INDUSTRIAL (“OFFSET”) as modificacoes do Acordo de Compensacao e Cooperacao Industrial e a necessidade de receber relatorio sobre o indice de nacionalizacao; v) ajustar a CLAUSULA 33 – SEGURANCA E SIGILO, visando definir responsabilidades; w) modificar a CLAUSULA 38 – CORRESPONDENCIA para melhorar a compreensao do processo de recebimento de documentacao e sua validade; x) modificar a CLAUSULA 41 – GARANTIA DE CREDITO PARA PECAS EXCEDENTES – BUY BACK para incorporar novas datas e corrigir referencias; y) modificar a CLAUSULA 42 – TREINAMENTO E ASSISTENCIA TECNICA para adequacao dos prazos de atendimento e melhoria de compreensao da clausula; z) modificar a CLAUSULA 43 – MODIFICACOES TECNICAS para corrigir referencia ao tipo de especificacao tecnica e clarificar procedimentos; aa) alterar o ANEXO I – Cronograma Fisico-Financeiro, no sentido de adequa-lo a nova realidade orcamentaria; e bb) substituir os ANEXOS I, II, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XV, XVI, XVII, XVIII e XX do Contrato, visando ajusta-los ao necessario detalhamento, a luz deste Termo Aditivo. Autoridade Solicitante: Maj Brig Ar Dirceu Tondolo Noro – Ordenador de Despesa. Autoridade Ratificadora: Ten Brig Ar Cleonilson Nicacio Silva – Diretor-Geral do Departamento de Ciencia e Tecnologia Aeroespacial. Amparo Legal: Inciso I do Art. 57 e Alinea “c” do Inciso II do Art. 65 da Lei 8.666, de 21 jun. 1993. Valor: nao alterado. Programa/Natureza de Despesa: 05.151.0632.123J.0001/44.90.30.32; 44.90.39.05 e 44.90.52.02. Data de Assinatura: 4 dez. 2009. Vigencia: 3 fev. 2020.
FONTE: Jurisbrasil
NOTA DO BLOG: A negociação ainda segue e o contrato definitivo não foi assinado até o momento.
O EC-725 e o NH-90 são produtos muito semelhantes, mas o primeiro possui encomendas dez vezes menor que o segundo. Por que optamos pelo primeiro?
Existem dois projetos europeus na área de helicópteros médios que guardam muitas semelhanças entre si. Trara-se do NHi NH-90 e do Eurocopter EC-725 Super Cougar.
A Eurocopter é uma empresa estabelecida desde 1992 através da fusão da Daimler-Benz Aerospace AG (DASA) alemã com a divisão francesa de helicópteros da Aérospatiale. Ela pertence totalmente ao grupo EADS. Já empresa NHi foi formada no mesmo ano da Eurocopter, sendo controlada por esta (62.5%), em associação com a italiana Agusta (32%) e com a holandesa Stork Fokker (5,5%).
Ambas as aeronaves estão classificadas na mesma categoria e possuem características muito semelhantes. Seus motores (dois por aeronave) geram uma potência entre 2200 e 2400shp. O peso máximo de decolagem está na casa dos 11000kg e alcance próximo de 800km. Existem outras similaridades nas características e na performance deles.
Leia a continuação deste texto aqui no Blog do Poder Aéreo.
O EC-725 e o NH-90 têm muitas semelhanças, mas o segundo acumula quase dez vezes mais encomendas que o primeiro – sem falar que a maior parte das encomendas do EC-725 são brasileiras. Então por que optamos pelo menos encomendado?
Existem dois projetos europeus na área de helicópteros médios que guardam muitas semelhanças entre si. São o NHi NH-90 e o Eurocopter EC-725 Super Cougar. Embora o primeiro seja um pouco menor e tenha um desenpenho mais modesto, é de projeto mais moderno e vende mais, muito mais.
A Eurocopter é uma empresa estabelecida desde 1992 através da fusão da Daimler-Benz Aerospace AG (DASA) alemã com a divisão francesa de helicópteros da Aérospatiale. Ela pertence totalmente ao grupo EADS. Já empresa NHi foi formada no mesmo ano da Eurocopter, sendo controlada por esta (62.5%), em associação com a italiana Agusta (32%) e com a holandesa Stork Fokker (5,5%).
Ambas as aeronaves estão classificadas na mesma categoria e possuem características muito semelhantes. Seus motores (dois por aeronave) geram uma potência entre 2200 e 2400shp. O peso máximo de decolagem está na casa dos 11.000kg e alcance próximo de 800km. Existem também outras similaridades na performance dos dois modelos.
Um outro ponto em comum é que as duas aeronaves também oferecem versões para as três forças (Marinha, Exército e Aeronáutica).
O desenvolvimento dos programas
Embora o EC-725 seja derivado da família Puma/Super Puma, o desenvolvimento do seu projeto é bastante recente e, mais uma vez, encontra similaridades com o desenvolvimento do NH-90. Ambos os projetos foram desenvolvidos na década de 1990, sendo que o primeiro NH-90 voou cinco anos antes do protótipo do EC-725.
Foto do painel das duas aeronaves: no topo está o painel do EC-725 e abaixo o painel do NH-90 versão NFH (FOTOS: EADS/NHi)
Mesmo sendo um pouco mais antigo, o programa de desenvolvimento do NH-90 sofreu alguns atrasos e a primeira encomenda, feita pelo Exército Alemão, só foi entregue no final de 2006. Por outro lado a entrega do primeiro EC-725 (para a Força Aérea da França) foi feita no início de 2005.
As similaridades acabam aqui
Quando a questão envolve mercado, as semelhanças entre as duas aeronaves desaparecem. Até o momento existem 15 países (somando aproximadamente 24 Forças Armadas) interessados em adquirir ou que já começaram a receber seus NH-90. O total de encomendas aproxima-se de 700 exemplares.
NH-90 do Exértico Italiano em ação (FOTO: NHi)
Já o EC-725 recebeu encomendas firmes de três países (França, Brasil e México), com possibilidades de vendas para outros dois (Indonésia e Malásia). O total de encomendas firmes é de 71 aeronaves, sendo o Brasil o responsável pela maior parte delas.
Dentre os usuários destes helicópteros, apenas a França possui os dois modelos. São 14 EC-725 e 61 NH-90. Destaca-se que a França possui participação na produção dos dois helicópteros através da Eurocopter. O outro parceiro da Eurocopter, a Alemanha, optou somente pelo NH-90.
A preferência pelo NH-90 chega a ser desproporcional em relação ao EC-725. Existem quase dez vezes mais encomendas de NH-90 do que EC-725. Isso é muito significativo para dois modelos tão parecidos em performance, que exercem praticamente as mesmas funções e são controlados pela mesma empresa.
Muitos podem crer que o maior número de encomendas do NH-90 possa ter relação com o custo de aquisição da aeronave. O valor de um NH-90, assim como qualquer outra aeronave, varia em função do modelo, da quantidade adquirida e do que o contrato abrage (produção local, transferência de tecnologia, offset, etc). Avaliando as informações disponíveis sobre os contratos já firmados é possível dizer que o preço unitário de um NH-90 varia entre 25 e 35 milhões de euros.
Como o EC-725 possui apenas três clientes, os valores divulgados para cada contrato são (alguns números podem mudar dependendo da fonte):
- México: seis aeronaves de transporte por 168 milhões de euros;
- França (contrato mais recente): cinco aeronaves padrão C-SAR por 220 milhões de euros;
- Brasil: 50 helicópteros por 1,89 bilhão de euros.
Considerando-se os valores unitários (lembrando que existem diversos fatores envolvidos), observa-se que no contrato mexicano, por aeronaves mais simples, sem transferência de tecnologia ou construção local, cada aeronave sai por 28 milhões de euros. Valor ainda dentro da faixa de preço do NH-90.
Já os valores unitários dos contratos do Brasil e da França são superiores à faixa do NH-90. Possivelmente a resposta esteja na quantidade de equipamentos transportados pela versão francesa e o custo da transferência tecnológica somado à produção local dos EC-725 para as Forças Armadas brasileiras.
A opção do Brasil
O Ministério da Defesa do Brasil assinou no final do ano passado um contrato para a aquisição de 50 helicópteros EC-725 para as três Forças Armadas. Neste contrato, estimado em 1,89 bilhão de euros, partes dos helicópteros serão fabricadas no país.
A questão que se levanta é que houve pouca discussão em torno das possíveis alternativas ao EC-725 para o Brasil. O próprio NH-90, com quase 700 encomendas em 15 países, quase não foi citado. O EC-725, uma aeronave similar e de desenvolvimento contemporâneo (embora seja baseada em projetos anteriores) possui um número de encomendas cerca de dez vezes menor que o número de encomendas de NH-90.
Não seria o caso de avaliar melhor as opções existentes no mercado? Será que vamos utilizar um helicóptero que apenas dois outros países escolheram? Será que seremos o maior usuário mundial de um produto desenvolvido no exterior? A transferência de tecnologia prometida no programa EC-725 supera todas outras desvantagens? Estas perguntas merecem, pelo menos, uma reflexão.
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NOTA: Os comentários poderão ser feitos no post em aberto com o título “Dez vezes menos”
21 de setembro de 2009, em Noticiário Nacional, Tecnologia, por Guilherme Poggio
O acordo firmado entre o Brasil e a França para o fornecimento de 50 helicópteros EC-725, destinados às três Forças Armadas (Exército, Marinha e Força Aérea), significará ao país, na prática, a aquisição de novas tecnologias para o desenvolvimento da indústria nacional.
Os detalhes da transferência de tecnologia foram apresentados pela Força Aérea em audiência publicada realizada na semana passada (16/9) na Comissão de Relações Exteriores e Defesa do Senado, em Brasília.
O acordo prevê o acesso a tecnologias nas áreas de produção de estruturas aeronáuticas em materiais compostos, usinagem de ligas de alumínio de alto desempenho, engenharia de aeronaves de asas rotativas (helicóptero), projeto, certificação, integração, desenvolvimento de software para sistemas de missão, sensores, integração de mísseis e veículo aéreo não tripulado (VANT) de asas rotativas.
Por meio de acordo de compensação, empresas brasileiras estarão envolvidas nas seguintes atividades:
1) Produção de displays aeronáuticos e de componentes dinâmicos;
2) Instalação de linha de produção da aeronave EC-725, manutenção de terceiro nível e desenvolvimento de versões operacionais;
3) Produção de estrutura intermediária em composite;
4) Produção de estrutura metálica do módulo traseiro, de painéis em material composto;
5) Produção e suporte de motores;
6) Montagem e suporte de manutenção de piloto automático;
7) Montagem e manutenção de equipamentos aviônicos;
8 ) Desenvolvimento de integração de míssil ar-solo;
9) Desenvolvimento e integração de sensor eletroótico;
10) Desenvolvimento de simulador de voo;
11) Desenvolvimento de helicóptero de pequeno porte;
12) Desenvolvimento, integração e produção de sistemas de missão e de proteção da aeronave.
2) Instalação de linha de produção da aeronave EC-725, manutenção de terceiro nível e desenvolvimento de versões operacionais;
3) Produção de estrutura intermediária em composite;
4) Produção de estrutura metálica do módulo traseiro, de painéis em material composto;
5) Produção e suporte de motores;
6) Montagem e suporte de manutenção de piloto automático;
7) Montagem e manutenção de equipamentos aviônicos;
8 ) Desenvolvimento de integração de míssil ar-solo;
9) Desenvolvimento e integração de sensor eletroótico;
10) Desenvolvimento de simulador de voo;
11) Desenvolvimento de helicóptero de pequeno porte;
12) Desenvolvimento, integração e produção de sistemas de missão e de proteção da aeronave.
O acordo tem a duração de até 12 anos. Dentro desse período deverão ocorrer as transferências de tecnologias, assim como a produção de partes dos helicópteros no Brasil, a manutenção de componentes e a implantação da linha de produção na Helibrás, entre outras ações.
Fonte: CECOMSAER
4 de setembro de 2008, em Noticiário Nacional, por Guilherme Poggio
A Eurocopter, empresa do grupo franco-alemão EADS, vai fabricar no Brasil e vender ao Ministério da Defesa helicópteros militares EC-725 Cougar, com capacidade para até 31 pessoas. A confirmação foi feita ao Estado ontem, em Paris, por uma porta-voz da companhia.
A quantidade de aeronaves e o valor da transação não foram revelados. A produção será feita no País e incluirá a transferência de tecnologia, uma das condições do governo brasileiro.
As informações confirmam a vigência do acordo anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em julho, e reforçam a parceria estratégica militar firmada com o governo da França em fevereiro passado. Além disso, não contradizem, em tese, as especulações de que a União fecharia um outro acordo para compra de aeronaves Mi-35, de fabricação russa. Conforme a Eurocopter, o acordo de parceria com o Brasil prevê investimentos para a construção de uma nova fábrica em Minas Gerais.
Para pôr em funcionamento a nova fábrica, a empresa investirá entre US$ 300 milhões e US$ 400 milhões em sua subsidiária brasileira, a Helibras.
O modelo a ser produzido no país será o EC-725 Cougar, um derivado mais avançado da família Super Puma/ Cougar. A aeronave tem papel de transporte tático de tropas e tem capacidade para 29 soldados e dois pilotos.
Os helicópteros EC-725 Cougar são em média 30% mais caros que os aparelhos AS 523 SC e AS 523 AL, dos quais derivam. O preço de cada unidade, porém, pode variar de acordo com as especificações exigidas pelo comprador. Em fevereiro, durante visita oficial a Paris, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que o governo estudava a aquisição de 50 aparelhos, com entrada em operação progressiva a partir de 2010.
Na mesma época, o presidente do Conselho de Administração da Helibras, o ex-governador do Acre Jorge Viana, disse que a Aeronáutica tinha interesse em 20 helicópteros, mas que outros 30 poderiam ser vendidos para o Exército, a Marinha e para a Petrobrás. Segundo a Eurocopter, o início da produção na subsidiária brasileira ainda depende da reorganização nas linhas de produção.
A confirmação não anula as especulações em torno da compra, por parte das Forças Armadas, de 12 helicópteros Mi-35, de fabricação russa, uma transação avaliada em US$ 250 milhões. A aproximação com os fabricantes e com o governo russo foi confirmada pelo ministro Extraordinário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger. Já os acordos com os franceses têm sido defendidos por Jobim.
Fonte: Agência Estado
29 de agosto de 2008, em Foto, Tecnologia, por Alexandre Galante
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